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sábado, 21 de julho de 2012

Sonho Meu: O Tribunal


Na minha frente bijuterias, anéis, brincos, colares. Tudo azul, branco e rosa e minha indecisão era inevitável. Atrás de mim, uma moça sentada impaciente, roendo as unhas e ao lado dela, um armário. Um cara alto, forte e “dark”. Os óculos escuros não me deixavam reconhece-lo. O relógio na parede em preto em branco estava sussurrando. Ele parecia querer me dizer alguma coisa. Foi ai que consegui recuperar minha consciência e percebi que estava em uma sala de espera, me levantei e vi que a moça atrás de mim era minha mãe. Olhei para o corredor e só consegui enxergar pessoas engomadas, andando corretamente, como se não pudessem desviar do roteiro e falando encantadoramente, formal.

Uma voz delicada saiu da única porta grande do corredor “ Vossa excelência os aguardam “. E minha mãe gritou comigo dizendo para escolher logo qualquer acessório, de preferencia azul porque eu já estava rosa demais. O armário ao lado dela disse pra mentir e ela discordou, disse pra falar apenas a verdade, tudo o que aconteceu.

- Mas o que foi que eu fiz?
- Você cometeu um crime minha filha.

A palavra crime me deixou completamente atordoada e a voz soou novamente, não mais delicada e sim agressiva “ Vossa excelência não pode esperar por muito tempo, entrem agora “ Nos entramos, não conseguia enxergar o juiz porque minha vista estava ficando embaçada. Minha mãe do lado esquerdo tremia e estava gelada, do lado direito o armário, pálido, de óculos escuros e sem nenhuma expressão, ele me deixava intrigada. E agora? Que crime cometi? O que vou responder se não me lembro de nada?

Sentei na frente do juiz e ele começou a fazer perguntas, perguntas essas que não conseguia ouvir porque o relógio da sala de espera não estava mais sussurrando, ele estava gritando, berrando. Fechei os olhos e quando abri, estava no meu quarto.

UFA! Salva pelo despertador.

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