*/

segunda-feira, 16 de julho de 2012

O humor de hoje, de ontem, e talvez do futuro


O Stand-Up Commedy não é nenhum pouco novo. Teve sua origem nos anos 50-60 entre os intelectuais. No Brasil, teve surgimento através de José Vasconcelos na década de 60. Os principais humoristas daquela época no Brasil era Chico Anysio e Jô Soares.

Mas não é da historia do Stand Up, muito menos da historia do humor brasileiro que eu quero falar. O stand up já existia, mas teve a partir de 2008 - por aí - começou a ter maior visibilidade entre os brasileiros e o público que até então desconhecia esse termo - Stand Up - começou a entender o que era o humor de cara limpa, sem personagens, sem roteiro definido. Lembro da primeira vez que ouvi esse termo, em um quadro do CQC, que também foi muito importante, não só para o "lançamento" de comediantes como Rafinha Bastos e Danilo Gentilli, como para "popularização" do gênero.

Desde então, o Stand Up virou "moda" e se popularizou de vez em todo o território brasileiro. Sendo conhecido de todos e até tendo visibilidade em programas como o do Faustão, Eliana e etc. Lembro que até então, o publico adorava esse tipo de humor. Por incrível que pareça, era um humor mais próximo de nós. Os humoristas falavam de cotidiano, do nosso dia-a-dia, de situações de que fato aconteciam conosco. Diferente de um personagem humorístico, que se certa forma, ao meu ver, é um pouco egoísta, mas nem por isso menos merecedor de créditos.

Só que, com toda a sua moda e todo o seu fortalecimento, seja em mídias sociais ou na TV, o publico começou a "crussificar" esse tipo de humor - atenção: isso não é generalizado e é apenas opinião do autor.
O Stand Up começou a se tornar comum e isso fez com que várias criticas negativas a seu respeito fossem expostas.

O stand up precisa renovar o seu leque de assuntos a serem abordados, não se pode falar do mesmo assunto sempre. E talvez isso tenha sido uma das causas que fazem o publico brasileiro, em especial, não se simpatizar quando o assunto é mais crú e acido. Não somente o Stand Up, mas programas com um tipo de humor diferente do que é de conhecimento de todos, como Zorra Total e Praça é Nossa. Programas como Comedia MTV, CQC, e atualmente o SNL, comandado por Rafinha Bastos, recebem duras criticas pelo fato de "não estarem" nem aí e falarem a verdade.

Um autista pode rir da piada de um negro, mas não pode rir da piada de um autista. Não estou defendendo nenhum dos lados, afinal, entendo os dois lados e sabemos que esse assunto é complicado. Há vários humoristas e piadas que realmente ultrapassam o limite e colocam em situação de constrangimento a "vitima" da piada. Mas outros, simplesmente não há porque disso. Na época que Rafinha Bastos disse "Comeria ela e o bebe", muitos o criticaram fortemente, e isso fez com que ele fosse o comediante mais odiado de todos. Mas poucos lembram - ou sabem - que Chico Anysio fez piadas tão acidas quanto Rafinha.

Acho que o brasileiro, e talvez a grande parte do mundo, não está acostumado, e nem estará, com esse tipo de humor - que bate mesmo na ferida. Programas como Zorra Total, com refrões batidos, dão mais audiência do que programas considerados mais "inteligentes" pelo simples fato do publico não estar nem aí pra inteligencia e espontaniedade no humor.

Acabei fazendo muitos rodeios e talvez não sendo direto e claro no que eu queria dizer, mas em suma, o humor direto bate em muitas feridas. É mais aceitável continuarmos com as piadas de loiras ou repetindo, junto com o humoristas, trechos como "Cara Crachá".

0 comentários

Postar um comentário

Seguidores